A Tragédia da Família Kennedy



tragédia dos Kennedys, coloquialmente conhecido como a maldição Kennedy é um termo frequentemente usado para descrever a série de tragédias que tomaram conta dos membros da família Kennedy. Alguns apelam para a contínua má sorte da família Kennedy como uma maldição. Vários membros da família morreram de causas não naturais, os mais proeminentes foram os assassinatos dos irmãos John e Robert, que foram mortos em 1963 e 1968 respectivamente, e o filho do primeiro, John, Jr., que morreu em um acidente de avião junto com sua esposa e cunhada, em 1999.
A existência de tal maldição tem sido discutida por outros que têm argumentado que muitas dessas tragédias foram causadas por negligência grosseira, como dirigir embriagado ou pilotar uma aeronave em condições precárias, e outras seriam resultado natural dos acontecimentos que poderiam ocorrer a famílias numerosas tais como o câncer e aborto espontâneo, de modo a noção de uma maldição é uma criação da mídia.

Os crentes na maldição mencionam frequentemente estes eventos como prova de má sorte da família:
  • 1941 - Rosemary Kennedy se pensava ser uma retardada mental. No entanto, algumas fontes afirmam que sofria de uma doença mental, como depressão. Devido ao seu clima crescente de violência e mudanças de humor, Joe Kennedy secretamente organizou que a submetessem a uma lobotomia. A cirurgia complicou suas habilidades cognitivas e, como conseqüência, permaneceu internada em um hospital psiquiátrico até sua morte em 2005.
  • 12 de agosto de 1944 - Joseph P. Kennedy, Jr. morreu na explosão de um avião no nordeste da Inglaterra em uma missão enquanto pilotava na Segunda Guerra Mundial.
  • 13 de maio de 1948 - Kathleen Kennedy Cavendish morreu em um acidente de avião na França com o seu amante Peter Wentworth-Fitzwilliam, 8 ° Conde Fitzwilliam.
  • 23 de agosto de 1956 - Jacqueline Kennedy deu à luz uma filha nascida morta. (Apesar de não colocarem-lhe um nome, a enterraram no Cemitério Nacional de Arlington com seus pais com uma legenda que dizia "Filha", mais tarde, os relatórios indicam que os Kennedys tinha intenção de chamá-la de Arabella.)
  • 9 de agosto de 1963 - Patrick Bouvier Kennedy, nascido em seis semanas prematuro, morreu dois dias após seu nascimento.
  • 22 de novembro de 1963 - O presidente John F. Kennedy foi assassinado em Dallas, Texas.
  • 19 de junho de 1964 - O senador dos EUA por Massachusetts Edward "Ted" Kennedy envolveu-se em um acidente de avião que matou um de seus assessores e o piloto. Ele foi retirado dos destroços pelo senador Birch E. Bayh II (D-Ind.) e passou semanas no hospital se recuperando da parte traseira quebrada, um pulmão perfurado, costelas quebradas e hemorragia interna.
  • 6 de junho de 1968 - Robert F. Kennedy é assassinado por Sirhan Sirhan em Los Angeles no dia em que venceu a primária democrata da Califórnia na corrida presidencial.
  • 18 de julho de 1969 - No acidente Chappaquiddick, um carro dirigido por Ted Kennedy cai de uma ponte em Martha's Vineyard, afogando a passageira Mary Jo Kopechne, sua secretária. Na sua declaração televisionada em 25 de julho, Kennedy disse que na noite do acidente se perguntava que "se uma maldição real se mantinha sobre todos os Kennedys."
  • 13 de agosto de 1973 - Joseph P. Kennedy II é o motorista em um acidente de carro deixou um passageiro, Pam Kelley, permanentemente paralisado.
  • 17 de novembro de 1973 - Edward "Ted" Kennedy, Jr. perdeu parte da perna esquerda devido ao câncer de osso na idade de 12 anos.
  • 25 de abril de 1984 - David Kennedy, morreu de uma overdose de Demerol e cocaína no seu quarto em um hotel em Palm Beach, Flórida. 
  • 1991 - William Kennedy Smith foi julgado por estupro e é absolvido de todas as acusações.
  • 13 de dezembro de 1997 - Michael Kennedy morreu em um acidente de esqui em Aspen, Colorado.
  • 16 de julho de 1999 - John F. Kennedy, Jr., sua esposa e sua cunhada morreram no avião Piper Saratoga pilotado por Kennedy que caiu no Oceano Atlântico a caminho deMartha's Vineyard.
  • 16 de setembro de 2011 - Kara Anne Kennedy morreu de ataque cardíaco enquanto praticava exercícios em um clube de Washington DC.
  • Maio de 2012 - A segunda mulher de Robert Kennedy Jr., Mary, de 52 anos, suicidou-se por enforcamento na sua casa de Bedford, no estado norte-americano de Nova Iorque .

Shtriga


Shtriga é uma lenda albanesa, é muito temida em algumas culturas principalmente pela falta de informação existente sobre ele. O shtriga é caracterizada por um bruxa ( muito velha, cheia de rugas, anda com capa preta, cabelo branco, etc ), que tem a capacidade de se transformar em insetos voadores.

Nossa tomada nela é que o shtriga é um revenant, um morto andando em um corpo que deva ter dado a ele uma estadia longa. Mas isto não significa que está inoperante, isto se alimenta do spiritus vitae, drenando assim a vida de suas vítimas. Em geral costumam ser bebês e crianças, caso a vítima tenha irmão/ã, este também terá o mesmo triste destino.

 


O mesmo é tomado também como uma criatura lendária romeno vampiresca. Este é um ser imortal, necessitando se alimentar de 25 em 25 anos, ataca apenas uma cidade, fazendo devastação total com suas vítimas (crianças). Toma uma forma humana normal durante a maior parte do dia e noite, ao se alimenta toma uma forma totalmente medonha.

Para aniquilar o mesmo existe apenas uma forma, quando está se alimentando expõe sua alma, se tornando vulnerável a armas, tendo assim a hora perfeita para se acabar com este ser das sombras.

Now... go to sleep

Scooby-doo :3

E aê povim... faz tempo que eu não posto mas enfim... resolvi postar aqui u.u e trouxa um dos meus desenhos animados preferidos *-* -acho q todos ja assistiram- Scooby-doo... vou falar um pouco sobre ele e algumas curiosidades q eu andei pesquisando :3


Com 25 temporadas e mais de 350 episódios (ate o momento) Scooby-doo certamente pode se encaixar como o desenho animado mais famoso e atrativo de todos os tempos, ele abrange varias gerações desde sua criação em 1969 até agora.
Seus episódios sempre são da mesma maneira, primeiro o mistério, depois o desenrolar da trama e por ultimo a solução que nunca foi uma surpresa para eles, já q eles sempre sabiam (sabem) que é o suposto "monstro". Mas mesmo sempre seguindo a mesma linha, o desenho nunca perdeu o seu brilho.
Com o passar dos tempos foi acrescentado romance a trama (¬¬') -ah, qm eu quero enganar? amo romance *-*- o q resultou no noivado -sim, NOIVADO- da Daphne e do Fred u.u q logo depois foi atrapalhado por uma serie de eventos q nao contarei e.e
Mas enfim... vcs devem estar querendo uma creepypasta sobre Scooby-doo - nao achei nenhuma -q - enfim... querer não é poder TT-TT ^-^


A casa sem fim...

Essa sem dúvida é uma creepypasta que ira te surpreender, ela é bem extensa, mas acredite , você não vai querer parar de ler, melhor não querer...



Deixe-me começar avisando que Peter Terry era viciado em heroína.

Éramos amigos na faculdade, e continuamos depois de eu me formar. Perceba que eu disse "eu". Ele saiu após 2 anos mal tentando. Depois que me mudei da república para um pequeno apartamento, não vi Peter com frequência. Nós conversamos online desde aquela época (AIM era foda em anos pré-Facebook). Houve um período em que ele não ficou online por 5 semanas seguidas. Eu não me preocupei. Ele era viciado em drogas e um notório cabeça-de-vento, então eu presumi que ele apenas cansou da internet. Então em uma noite eu o vi online. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem:

"David, cara, precisamos conversar."

Foi aí que ele me disse sobre a Casa Sem Fim. Ela ganhou esse nome porque ninguém nunca conseguiu chegar ao seu final. As regras são simples e clichês: chegue à última sala da construção e ganhe $500. São nove salas ao todo. A casa se localiza fora da cidade, mais ou menos 6km da minha casa. Aparentemente Peter tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e em sabe lá mais o que então imaginei que as drogas já tinham levado seu melhor e ele se mijou todo com um fantasma de papel, ou algo do tipo. Ele me disse que era demais para qualquer um. Não era natural.

Eu não acreditei nele. Eu disse a ele que iria checar por mim mesmo na noite seguinte, que não importava o quanto ele estava tentando me convencer do contrário, pois $500 parecia bom demais para ser verdade. Eu precisava ir. Na noite seguinte, fui até lá.

Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria dar medo, mas por algum motivo te arrepiou a espinha? Eu andei em direção à casa e a sensação de desconforto só aumentou quando abri a porta da frente.

Meu coração desacelerou e eu dei um pequeno suspiro de alívio quando entrei. A entrada parecia um saguão de hotel decorada para o Halloween. Um bilhete foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Ele dizia, "Sala 1 por aqui. Mais 8 além desse. Chegue até o final e você vence!". Soltei uma risada e fui para a primeira porta.

A primeira área era quase risível. A decoração lembrava um Halloween de um mercado, com uns fantasminhas de lençol de merda e zumbis robotizados que davam um rugido mal feito assim que você passa. No final havia uma saída; era a única porta além da que eu entrei. Afastei as teias de aranha falsas e fui para a segunda sala.

Fui cumprimentado com uma névoa assim que abri a porta para a sala 2. Nesse quarto definitivamente o orçamento foi mais alto em termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de névoa, mas um morcego se dependurou do teto e voou em círculos. Eles pareciam ter uma trilha sonora de Halloween que poderia ser encontrada em uma loja de $1,99 em algum lugar do quarto. Eu não vi o aparelho de som, mas acredito que eles tenham usado um sistema de PA. Eu desviei de alguns ratos de brinquedo que corriam por aí e andei com o peito inflado para a próxima área.

Coloquei a mão na maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir aquela porta. Um sentimento de terror bateu tão forte em mim que eu mal podia pensar. A lógica voltou a mim após alguns segundos, e eu entrei na próxima sala.

Sala 3 foi onde as coisas começaram a mudar.

À primeira vista, parecia uma sala normal. Havia uma cadeira no meio do chão de madeira. Uma pequena lâmpada no canto fazia um péssimo trabalho iluminando a área, e projetava algumas sombras pelo chaõ e paredes. Esse era o problema. Sombras. No plural. Além da sombra da cadeira, havia outras. Eu mal entrei na sala e já estava aterrorizado. Foi nesse momento que percebi que algo não estava certo. Eu não estava nem pensando quando automaticamente tentei abrir a porta de onde eu vim. Estava trancada pelo outro lado.

Isso me desconsertou. Alguém estava fechando as portas conforme eu andava? Não tinha como. Eu teria o ouvido. Uma tranca que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava com muito medo para pensar com clareza. Me virei novamente para a sala e a sombras se foram. A da cadeira continuava, mas as outras se foram. Comecei a andar devagar. Eu tive algumas alucinações quando criança, então presumi que as sombras eram fruto de minha imaginação. Comecei a me sentir melhor conforme passava pela metade da sala. Olhei para baixo enquanto andava e foi aí que eu vi.

Ou não vi. Minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me joguei sem pensar na próxima sala.

A sala número 4 provavelmente era a mais perturbadora. Quando fechei a porta, parece que toda a luz foi sugada pela sala anterior. Fiquei parado lá, totalmente encoberto pela escuridão, e não podia me mover. Eu não tenho medo de escuro, nem nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão havia me deixado. Coloquei minha mão em frente ao meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de dizer. Escuridão não explica isso. Eu não conseguia ouvir nada. Era um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, você ainda consegue se ouvir respirando. Você consegue ouvir você mesmo estando vivo.

Eu não conseguia. Eu comecei a tremer após alguns momentos, minha pulsação acelerada era a única coisa que eu conseguia sentir. Não conseguia ver a porta. Eu não tinha certeza nem se havia alguma, nessa altura do campeonato. O silêncio foi quebrado por um zumbido.

Eu senti algo atrás de mim. Eu me virei rapidamente, mas eu mal conseguia ver meu nariz. Eu sabia que aquilo estava lá, mesmo assim. Apesar da escuridão, eu sabia que algo estava lá. O zumbido começou a ficar mais alto, mais perto. Parecia estar em volta de mim, mas eu sabia que sabe lá o que estivesse causando o zumbido estava na minha frente, uma polegada de distância. Eu dei um passo para trás;nunca senti esse tipo de medo. Eu não posso descrever medo de verdade. Eu não estava com medo de morrer; eu estava com medo da alternativa. Eu estava com medo do que essa coisa guardava para mim. Então as luzes piscaram por um segundo e eu vi.

Nada. Eu não vi nada e eu sei que não vi nada ali. A sala estava de novo mergulhada na escuridão e agora o zumbido era um guincho estridente. Eu gritei em protesto; não aguentaria ouvir esse som por mais um minuto. Corri para trás, fugindo do barulho e bati na maçaneta da porta. Eu me virei e caí na sala 5.

Antes que eu descreva a sala 5, você precisa entender uma coisa, eu não sou viciado em drogas. Eu não tenho histórico de usar drogas nem nenhum tipo de psicose além das minhas alucinações quando criança, que eu mencionei mais cedo, e essas foram apenas quando eu estava muito cansado ou acordando. Eu entrei na Casa Sem Fim com a cabeça limpa.

Depois de cair da sala anterior, minha visão da sala 5 foi de costas, olhando para o teto. O que eu vi não me deu medo, apenas me surpreendeu. Árvores haviam crescido nessa sala e elevavam-se acima de minha cabeça. O teto nessa sala era mais alto do que os outros, o que me fez imaginar que eu estava no centro da casa. Eu levantei do chão, limpei a poeira e olhei em volta. Era com certeza a maior sala de todas. Eu não conseguia nem ver a porta de onde eu estava; varias plantas e árvores devem ter bloqueado minha visão da saída.

Nesse ponto eu imaginava que as salas se tornavam cada vez mais assustadoras, mas essa era um paraíso se comparada com a última sala. Eu também presumi que seja lá o que estivesse na sala 4, ficou por lá. Eu estava incrivelmente errado.

Quando comecei a adentrar na sala, eu comecei a ouvir o que eu ouviria se estivesse em uma floresta; sons de insetos e, as vezes, de pássaros voando pareciam ser minha única companhia nessa sala. Era isso que mais me incomodava. Eu ouvia os insetos e outros animais, mas não vi nenhum deles. Comecei a pensar em quão grande essa casa era. Olhando do lado de fora quando cheguei aqui, parecia uma casa normal. Com certeza eu estava na maior parte, mas havia quase uma floresta inteira aqui. As copas das árvores cobriram minha vista do teto, mas eu assumi que ele ainda estava ali, não importando quão alto era. Eu não conseguia ver nenhuma parede, por sinal. A única coisa que me fazia ver que eu ainda estava em casa era o chão, que combinava com as outras salas: um piso de madeira escuro.

Continuei andando, rezando para que a próxima árvore que eu passasse relevasse a próxima porta. Após um tempo de caminhada, senti um mosquito passando pelo meu braço. O sacodi e continuei andando. Um segundo depois, senti cerca de 10 mais pousarem em minha pele em locais diferentes. Eu os sentia andar pra cima e para baixo em meus braços e pernas, e alguns passavam pelo meu rosto. Eu me debati para me livrar deles, mas eles continuavam lá. Eu olhei pra baixo e deixei sair um grito abafado - mais um gemido, para ser honesto. Eu não vi nenhum inseto. Não havia nenhum inseto em mim, mas eu conseguia sentir eles rastejando. Eu ouvi eles voarem perto do meu rosto e picarem minha pele, mas não consegui ver nenhum. Me joguei no chão e comecei a rolar desesperadamente. Eu estava desesperado. Eu sempre odiei insetos, principalmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas esses insetos conseguiam me tocar e eles estavam em todos os lugares.

Comecei a me rastejar. Eu não fazia ideia de onde estava indo; a entrada não estava em lugar nenhum em minha linha de visão e eu ainda não havia achado a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele coçando com a presença desses insetos fantasmas. Após o que me pareceu horas, eu achei a porta. Eu me apoiei na árvore mais porta e levantei, insanamente batendo em meus braços e pernas, sem resultado. Eu tentei correr, mas não consegui; meu corpo estava exausto de me rastejar e tentar lidar com sei lá o que estava em mim. Dei mais uns passos em direção à porta, me apoiando em todas as árvores no caminho.

Eu estava apenas a alguns metros quando eu ouvi. O zumbido de antes. Estava vindo da próxima sala, e estava mais profundo. Eu podia senti-lo quase dentro de meu corpo, como quando você fica perto de um amplificador em um show. A sensação dos insetos em mim foi passando conforme o zumbido ficava mais alto. Quando botei minhas mãos na maçaneta os insetos já haviam ido embora completamente, mas eu não conseguia girá-la. Eu sabia que eu retornasse, os insetos voltariam, e não havia como voltar para a sala 4. Apenas fiquei ali parado, com a cabeça encostada na porta com um 6 marcado, e as mãos tremendo na maçaneta. O zumbido estava tão alto que eu não conseguia ouvir nem meus pensamentos. Eu não podia fazer nada além de seguir. Sala 6 era a próxima, e sala 6 era o inferno.

Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zumbindo. O zumbido estava me envolvendo. Assim que a porta fechou, o som se foi. Eu abri meus olhos e me surpreendi quando a porta que eu havia fechado, desapareceu. Era apenar a parede agora. Eu olhem em volta em estado de choque. A sala era igual à sala 3 - mesma cadeira e lâmpada - mas com o número certo de sombras desta vez. Na verdade, a única diferença é que não havia porta de saída e a porta que eu vim desapareceu. Como eu disse antes, eu nunca tive nenhum tipo de instabilidade mental, mas nesse momento eu estou no que sei ser insanidade. Eu não gritei. Não fiz um som.

Primeiro eu arranhei levemente. A parede estava lá, mas eu sabia que a porta estava em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Eu arranhei aonde a maçaneta ficava. Eu comecei a enfiar as unhas na parede freneticamente com as duas mãos, minhas unhas cortadas até a pele contra a madeira. Eu caí sobre meus joelhos, o único som na sala eram meus incessantes arranhões na parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava. Se eu ao menos pudesse passar por essa parede -

"Você está bem?"

Saltei do chão e me girei rapidamente. Me encostei na parede atrás de mim e vi o que falou comigo; até hoje me arrependo de ter virado.

Era uma garotinha. Ela vestia um vestido leve a branco que ia até seus tornozelos. Ela tinha um longo cabelo loiro que ia até o meio de suas costas, pele branca e olhos azuis. Foi a coisa mais horrorizante que já vi em minha vida, e eu sei que nada na minha vida vai me dar mais medo do que eu vi nela. Enquanto eu olhava para a garota, eu via outra coisa. Onde ela estava eu vi o que parecia o corpo de um homem, maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça aos pés, mas sua cabeça não era humana e seus pés eram cascos. Não era o demônio, mas no momento poderia muito bem ter sido. A coisa tinha a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo.


Era horrível e estava no mesmo lugar que a garotinha na minha frente. Eles eram a mesma coisa. Eu não consigo descrever direito, mas eu os via ao mesmo tempo. Eles ocupavam o mesmo lugar na sala, mas era como se eu estivesse vendo em duas dimensões diferentes. Quando eu via a garota eu via a coisa, e quando eu via a coisa eu via a garota. Eu não conseguia falar. Mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu estava tentando processar. Eu já senti medo antes em minha vida e eu nunca senti tanto medo como quando fiquei preso na sala 4, mas isso foi antes da sala 6. Eu estava preso aqui com aquilo. E aquilo falou novamente.

"David, você deveria ter ouvido."

Quando a coisa fala, eu ouço as palavras da garotinha, mas a outra forma fala em minha mente em um tom que eu não consigo descrever. Não havia nenhum outro som. A voz continuava repetindo a frase mais e mais em minha cabeça, e eu concordei. Eu não sei o que fazer. Eu estava mergulhando na loucura, mas ainda assim não conseguia tirar os olhos do que estava em minha frente. Eu caí no chão. Achei que tivesse desmaiado, mas a sala não me permitiria isso. Eu apenas queria que isso acabasse. Eu estava de lado, meus olhos bem abertos e a coisa olhando para mim. Correndo pelo chão na minha frente, um dos ratinhos de brinquedo da sala número 2.

A casa estava brincando comigo. Mas, por alguma razão, ver aquele rato fez minha mente voltar de seja lá aonde estava, e eu olhei em volta. Eu iria sair dali. Eu estava determinado a sair vivo daquela casa e nunca mais sequer pensar sobre esse lugar. Eu sabia que essa sala era o inferno e eu não estava pronto para torná-la minha residência. Primeiro, foram apenas meus olhos que se moveram. Procurei nas paredes por qualquer tipo de abertura. A sala não era tão grande, então não demorou muito para que eu procurasse por ela toda. O demônio continuava me provocando, a voz cada vez mais alta e a coisa se mantinha parada no mesmo lugar. Coloquei minha mão no chão e me levantei, e comecei a examinar a parede atrás de mim.

Então eu vi algo que não podia acreditar. A coisa estava agora bem em minhas costas, sussurrando em minha mente o que eu não deveria ter feito. Senti sua respiração em minha nuca, mas me recusei a virar. Um retângulo estava riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. Bem em frente aos meus olhos eu vi o número 7 que eu sem querer escavei na parede. Eu sabia o que era: sala 7 estava atrás da parede aonde sala 5 estava momentos atrás.

Não sei como fiz isso - talvez fosse só meu estado mental no momento - mas eu criei a porta. Eu sei que criei. Em minha loucura, eu arranhei a parede formando o que eu mais precisava: uma saída para a próxima sala. Sala 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava atrás de mim, mas por algum motivo ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. Eu empurrei. Eu empurrei o mais forte que pude. O demônio agora estava gritando em meus ouvidos. Ele me dizia que eu nunca sairia. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer; eu iria viver com ele na sala 6. Não, eu não ia. Eu empurrei e gritei com todas as minhas forças. Eu sabia que uma hora ou outra eu iria empurrar a parede.

Fechei meus olhos e gritei, e o demônio havia ido embora. Fui deixado no silêncio. Me virei de vagar e fui recebido pela sala do jeito que estava quando eu entrei: apenas uma cadeira e uma lâmpada. Não pude acreditar, mas não tive tempo para pensar. Me virei para o 7 e pulei para trás. O que vi foi uma porta. Não a que eu havia arranhado, mas uma porta normal com grande 7 nela. Meu corpo inteiro estava tremendo. Demorei um tempo para girar a maçaneta. Apenas fiquei por ali por uns momentos, encarando a porta. Eu não podia ficar na sala 6. Devo ter ficado mais ou menos 1h, apenas encarando o 7. Finalmente, respirando fundo, girei a maçaneta e abri a porta para a sala 7.

Cambaleei pela porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim fechou e eu percebi aonde estava. Eu estava lá fora. Não lá fora como a sala 5, realmente fora. Meus olhos ardiam. Eu quis chorar. Caí de joelhos e tentei, mas não consegui. Finalmente estava fora daquele inferno. Não liguei nem para o prêmio que prometeram. Olhei para trás e vi que a porta que passei era a da entrada. Andei até meu carro e dirigi para casa, pensando em como um banho cairia bem agora.

Assim que cheguei em minha casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim havia passado, e um medo crescia em meu estômago. Deixei isso de lado, como apenas um resíduo daquela casa e andei até a porta da frente. Entrei e imediatamente fui ao meu quarto. Em minha cama estava emu gato, Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que vi a noite toda e me aproximei para fazer carinho. Ele ficou arisco e arranhou minha mão. "Tanto faz, ele está meio velho", pensei. Pulei no chuveiro e me preparei pare o que eu esperava ser uma noite sem dormir.

Após meu banho, fui para a cozinha fazer algo parar a comer. Desci as escadas e fui para a sala; o que eu vi queimaria em minha mente para sempre. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos em sangue. Eles estavam mutilados ao ponto de estarem quase impossíveis de identificar. Seus membros foram removidos e colocados do lado de seus corpos, e suas cabeças estavam em seus peitos, me encarando. A pior parte eram suas expressões. Eles estavam sorrindo como se estivessem felizes em me ver. Eu vomitei e solucei ali mesmo. Eu não sabia o que havia acontecido; eles não moravam comigo atualmente. Eu estava na merda, Então eu vi: uma porta que nunca esteve lá. Uma porta com um grande 8 desenhado em sangue.

Eu ainda estava na casa. Eu estava na sala de casa mas eu estava na sala 7. Os rostos de meus pais sorriram mais quando eu percebi isso. Não eram meus pais; não podiam ser, mas se pareciam muito com eles. A porta com o 8 marcado estava do outro lado da sala, atrás dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que teria que seguir em frente, mas nesse momento eu desisti. Os rostos sorridentes dilaceravam minha mente; eles me encaravam aonde eu estivesse. Vomitei de novo e quase entrei em colapso. Então o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, por toda a casa e fazendo as paredes tremerem. O zumbido me fez andar.

Comecei a andar devagar, caminhando mais perto da porta e dos corpos. Eu mal conseguia me manter de pé, quem dirá andar, e quanto mais perto chegava de meus pais, mais perto chegava do suicídio. As paredes agora tremiam tanto que parecia que iriam cair, mas os rostos ainda sorriam para mim. Conforme ia chegando perto, os olhos me seguiam. Eu estava agora entre 2 corpos, muito perto da porta. As mãos desmembradas se rastejaram para minha direção, enquanto os rostos continuavam e me encarar. Um novo terror me consumiu e comecei a andar mais rápido. Eles começaram a abrir suas bocas e as mãos estavam a centímetros de meus pés. Em um ato desesperado, eu me joguei na porta, a abri e a bati atrás de mim. Sala 8.

Eu estava acabado. Após o que eu acabei de experimentar, eu sabia que não haveria mais nada nessa porra de casa que eu não poderia passar. Não haveria nada além do fogo do inferno que eu não estivesse preparado. Infelizmente, eu subestimei as habilidades da Casa sem Fim. Infelizmente, as coisas se tornaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais inexplicáveis na sala 8.

Eu ainda não consigo acreditar no que vi na sala 8. Novamente, a sala era uma cópia das salas 4 e 6; mas sentado na cadeira que costuma estar vazia, tinha um homem. Após ficar incrédulo por alguns segundos, minha mente finalmente resolveu aceitar o fato de que o homem sentado na cadeira era eu. Não alguém parecido comigo; era David Williams. Cheguei mais perto. Tinha que olhar melhor, mesmo tendo certeza do que era. Ele olhou para mim e eu percebi lágrimas em seus olhos.

"Por favor...por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."

"O que?" Eu perguntei. "Quem é você? Não vou te machucar"

"Sim, você vai..." Ele estava tremendo agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso."
Ele sentou na cadeira com as pernas pra cima, e começou a se balançar para frente e para trás. Na verdade, era algo bem patético, especialmente porque ele era eu mesmo, idêntico de todas as maneiras possíveis.

"Me escute, quem é você?" Eu estava agora a poucos pés do meu Doppelganger. Essa foi a experiencia mais estranha até agora, estar ali falando comigo mesmo. Eu não sentia medo, mas eu iria sentir logo. "Por que você-"

"Você vai me machucar você vai me machucar se quiser sair você vai precisar me machucar."

"Por que você está dizendo isso? Só relaxe, ok? Vamos tentar resolver-" E então, eu vi. O David sentado vestia as mesmas roupas que eu, exceto por um pequeno bordado em sua blusa, com o número 9.

"Você vai me machucar, você vai me machucar, por favor não faça isso, você vai me machucar..."

Meus olhos não conseguiam desviar do pequeno número em seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas eram planas e simples, mas depois de um tempo elas foram se tornando mais ambíguas. Porta 7 estava na parede, mas eu mesma a fiz. 8 estava marcada em sangue atrás dos corpos de meus pais. Mas nove - este número estava em uma pessoa, uma pessoa viva. Pior ainda, uma pessoa idêntica à mim.

"David?"Eu tive que perguntar.

"Sim...você vai me machucar você vai me machucar..." Ele continuava soluçando e balançando. Ele respondeu como David. Ele era eu mesmo [----]. Além daquele 9. Eu fiquei estático por alguns minutos, enquanto ele tremia em sua cadeira. Não havia porta na sala, assim como a sala 6, e a porta que eu vim havia sumido. Por algum motivo, eu imaginei que arranhar as paredes não iriam me ajudar muito nisso. Examinei as paredes e o chão em volta da cabeça, esticando minha cabeça para ver se não existia nada mais ali. Infelizmente, existia. Embaixo da cadeira, havia uma faca. Junto com ela, um bilhete em que se lia, "Para David - da Gerência."

O que senti em meu estômago enquanto lia o bilhete foi algo sinistro. Eu queria desistir e a última coisa que eu queria era tirar aquela faca debaixo daquela cadeira. O outro David ainda estava soluçando incontrolavelmente. Minha mente estava girando em um monte de perguntas sem resposta. Quem botou aquilo ali, como sabe meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão e também estava sentado na cadeira implorando para que eu mesmo não me machucasse. Era coisa demais para minha cabeça processar. A casa e seus donos estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por algum motivo, foram para Peter, se ele foi tão longe assim. Se ele foi, se ele conheceu um Peter Terry implorando nesta mesma cadeira, balançando-se para frente e para trás...Tirei esses pensamentos de minha cabeça, eles não importam. Tirei a faca de baixo da cadeira, e imediatamente o outro David ficou quieto.

"David" Ele disse em minha voz, "O que você pensa que vai fazer?"

Me levantei do chão e apertei a faca em minha mão.

"Vou sair daqui."

David ainda estava sentado na cadeira, mas ele estava muito calmo agora. Ele olho para mim com um sorriso fraco. Eu não saberia dizer se ele iria rir ou me estrangular. Vagarosamente, ele levantou da cadeira e ficou de pé, me encarando. Era estranho. Sua altura e até sua postura eram iguais à mim. Eu senti o cabo de borracha da faca em minha mão, e a apertei mais forte. Eu não sabia o que eu iria fazer com ela, mas eu sabia que eu precisava dela.

"Agora", sua vez era um pouco mais profunda que a minha . "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e vou te manter aqui." Eu não respondi. Apenas ataquei o e o manti no chão. Montei nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim, aterrorizado. Era como se eu estivesse olhando em um espelho. Então o zumbido voltou, baixo e distante, apesar de que eu ainda o sentia em meu corpo. David olhou para mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido aumentou e seu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, enfiei a faca na marca em seu peito e a rasguei. A escuridão encheu o quarto, e eu estava caindo.

A escuridão em volta de mim não era nada que eu havia experimentado até então. Sala 4 era escura, mas não chegava nem perto dessa, que me engolia. Depois de um tempo, eu não tinha nem certeza se estava caindo. Me sentia totalmente sem peso, coberto pela escuridão. Então uma profunda tristeza bateu em mim. Me senti perdido, depressivo, suicida. A visão dos meus pais entrou em minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu havia visto, e minha mente estava com problemas para distinguir o que era real do que não era. A tristeza apenas aumentou. Eu estava na sala 9 pelo que pareciam ser dias. A última sala. E era exatamente isso que era: o fim. A Casa sem Fim tinha um final, e eu cheguei nele. Nesse momento, eu desisti. Eu sabia que eu iria ficar nesse estado de limbo para sempre, acompanhado apenas pela escuridão. Nem mesmo o zumbido estava lá para me manter são.
                                     

Eu perdi todos os sentidos. Eu não conseguia sentir nem a mim mesmo. Não conseguia ouvir nada. Visão era algo completamente inútil aqui. Procurei por algum gosto em minha boca, mas não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Era o inferno.Sala 9 era o inferno. Então aconteceu. Uma luz. Uma daquelas luzes clichês no fim do túnel. Então senti o chão vir até mim e eu estava de pé. Após um momento ou dois reunindo meus pensamentos e sentidos, andei devagar para a luz.

Conforme eu me aproximava da luz, ela tomava uma forma. Vinha da fenda de uma porta que não tinha nenhuma marca. Passando pela porta, me encontrei aonde eu comecei: o saguão da Casa sem Fim. Estava exatamente como eu deixei: vazia e decorada com decorações infantis de Halloween. Após tudo o que aconteceu essa noite, eu ainda estava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, olhei em volta para ver se via algo de diferente. Na mesa estava um envelope com meu nome escrito à mão nele. Imensamente curioso, mas ainda com medo, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro havia uma carta, também escrita à mão.

David Williams,

Parabéns! Você chegou ao final da Casa sem Fim! Por favor aceite este prêmio como um símbolo de sua grande conquista.

De sua eterna,
Gerência.

Junto com a carta haviam 5 notas de $100.

Não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareciam ser horas. Eu ri até meu carro e ri no caminho de casa. Eu ri estacionando o carro. Ri quando abri a porta da frente e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.


Now... go to sleep !!

Shaye St. John : o boneco


Shaye St. John é doente mental, por seus dias de tédio ele acabou criando uma paixão enorme por bonecos ventriloquistas. Devido a sua doença, esta paixão fugiu do controle, levando ele a se transformar no próprio boneco ventriloquista, e em seguida fazendo vídeos sombrios que dizem incentivar pesadelos, esses vídeos são feitos em locais escuros. Algumas pessoas dizem que esta é a forma que ele encontrou de expressar seus sentimentos, outras dizem que é simplesmente a insanidade dela subindo a cabeça, ou até mesmo algo sobrenatural.

Eu não tive a audácia de ver os supostos vídeos, mais deixarei alguns links se vocês quiserem ver.





Niw... go to sleep !!

Wendigo e The Rake

Olá! eu sou o novo estagiário aqui do blog...
E na minha primeira postagem resolvi fazer uma pequena observação curiosa, apos dar uma comparada em duas histórias.
Wendigo
Essa criatura é relatada por tribos nativas americanas, sendo um humano que por atos de canibalismo, foi perdendo sua forma e atributos humanos e ganhando uma fome insaciável de carne humana.
Sendo assim o Wendigo uma maldição que atinge aqueles que praticam de canibalismo, que logo são possuídos pelo espirito de gula, Assumindo uma forma deformada com braços e pernas alongados.
 
Sim, Sim... acho que você já percebeu onde quero chegar....
Talvez, só por um talvez, acho que nosso querido amigo "Rake" pode não ser uma lenda assim tão recente.
Minhas comparações chegaram a uma pequena teoria de que o Rake seja apenas mais um wenigo americano
Como toda teoria, não vale nada até ser provada... então fica só como insinuação mesmo.

(você pode valorizar o trabalho de quem posta, facilmente divulgando em seu facebook.)
       

A Gangue Dos Palhaços...



Em meados de 1990 uma estória assombrou a grande São Paulo. Por ocasião do lançamento de uma série especial no jornal NP chamada "os Crimes que abalaram o Mundo". Foi apresentado o caso de um Palhaço norte americano que na década de 60 assassinava crianças. Alguém inspirado na reportagem começou a difundir a história de que um palhaço na cidade de Osasco estaria roubando crianças para vender seus órgãos, moda na época, aos poucos a estória chegou em toda grande São Paulo, e ganhava tons cada vez mais verídicos, agora o palhaço atacava em todo a região, tinha dois ajudantes, uma Kombi azul, e só atacava em escolas publicas. A história chegou ao ponto que pessoas juravam ter visto reportagem no "AQUI AGORA", e realmente o boato foi tão forte que o NP chegou a dar algumas capas para a "gangue do Palhaço", uma escola (nome desconhecido), em Mauá chegou a ser "atacada" pelo Palhaço, todos sabiam de alguém que conhecia a vítima, mas ninguém conhecia a própria vítima.

Uma lenda brasileira só pra vocês sentirem o gostinho do medo, algumas pessoas dizem que até hoje esta gangue roda pelo Brasil em uma kombi azul....

Eu tentei coletar mais informações sobre eles, mas esta é uma história realmente meio vaga, sendo assim não se sabe muito sobre eles.

Now... go to sleep !!

O Apelo de Hydesville

Em 11 de Dezembro de 1874, a família Fox instalou-se em modesta casa no vilarejo de Hydesville, estado de Nova Iorque, distante cerca de 30 km da cidade de Rochester.
O nome da família Fox origina-se do sobrenome Voss, depois Foss e finalmente Fox. Eram de origem alemã, da parte paterna, e francesa, holandesa e inglesa, da parte materna. Seus antecessores foram notoriamente dotados de faculdades paranormais.
O grupo compunha-se do chefe de família, John Fox e de mais duas filhas Kate, com 7 anos, e Margareth com 10 anos. O casal Fox possuía mais filhos. Entre eles convém destacar outra filha, Leah, que morava em Rochester, onde leccionava música. Devido aos seus casamentos, foi sucessivamente conhecida como mrs. Fish, mrs. Brown e mrs. Underhill.
Leah escreveu um livro, The Missing Link, Nova Iorque, 1885, no qual ela faz referências às faculdades paranormais dos seus parentes anteriores.
Inicialmente tomaram parte nos acontecimentos somente Kate e Margareth, mas posteriormente Leah juntou-se a elas e teve participação activa nos episódios subsequentes ao de Hydesville.

A casa já era assombrada

Lucretia Pulver era uma jovem que servira como dama de companhia do casal Bell, quando eles habitaram a referida casa até 1846. Ela contou uma curiosa história de um vendedor que se hospedara com os Bell. Na noite em que o vendedor passou com aquele casal, Lucretia foi mandada dormir fora, em casa dos pais. Três dias depois tornaram a procurá-la. Então disseram-lhe que o vendedor fora embora. Ela nunca mais viu este homem.
Depois disso, passado algum tempo, aproximadamente em 1844, começaram a dar-se fenómenos estranhos naquela casa. A mãe de Lucretia, sr.ª Ann Pulver, que mantinha relações com a família Bell, relata que, em 1844, quando visitara a sr.ª Bell, indo fazer tricot em sua companhia, ouvira desta uma queixa. Disse-lhe que se sentia mal e quase não dormira à noite. Quando lhe perguntou qual a causa, a sr.ª Bell declarou que se tratava de rumores inexplicáveis; parecera-lhe ter ouvido alguém a andar de um quarto para o outro; acordou o marido e fê-lo levantar-se para trancar as janelas. A princípio tentou afirmar à sr.ª Pulver que possivelmente se tratasse de ratos. Posteriormente, confessou não saber qual a razão de tais rumores, para ela inexplicáveis.
A jovem Lucretia Pulver também testemunhou os fenómenos insólitos observados naquela casa. Eis o seu relato: «Vivi naquela casa durante um inverno, com a família Bell. Trabalhava para ela uma parte do dia, e o resto do tempo ia à escola ou bordava. Vivi assim cerca de três meses. No fim desse período frequentemente ouvia batidas na cama e abaixo dos pés da mesma. Ouvi uma porção de noites, pois dormia nesse quarto todo o tempo que lá estive. Uma noite parece-me ter ouvido um homem andando pela dispensa. Esta peça era separada do quarto pela escada. A senhorita Aurélia Losey ficou comigo naquela noite; ela também ouviu o barulho e ambas ficámos muito assustadas; levantámo-nos, fechámos as janelas e trancámos a porta. Parece que alguém andava pela dispensa, na adega e até no porão, onde o barulho cessava. Nessa ocasião não havia mais ninguém na casa, excepto o meu irmãozinho, adormecido no mesmo quarto que nós. Isto foi cerca da meia-noite. Não tínhamos dormido quando ouvimos o barulho. O sr. e a sr.ª Bell tinham ido a Loch Berlin, onde ficariam até o dia seguinte». (Doyle, A.C. - História do Espiritismo, São Paulo, Pensamento, 1960, pp. 483-484).
Os Bell terminaram por mudar-se daquela casa.
Em 1846, instalou-se ali a família Weekman: sr. Michael Weekman, sr.ª Hannah Weekman e suas filhas. Alguns dias após se terem alojado na referida casa, passaram a ser perturbados por ruídos insólitos: batidas na porta de entrada, sem que ninguém visível o estivesse fazendo; passos de alguém andando na adega, ou dentro de casa. O casal Weekman foi acordado por uma das suas filhas que dormia no quarto onde se ouviam batidas. Eis como a sr.ª Hannah relatou este episódio: «Algumas noites depois, uma de nossas meninas, que dormia no quarto onde agora são ouvidas as batidas, acordou-nos a todos a soluçar.O meu marido, eu e a empregada, levantámo-nos imediatamente para ver o que se passava. Ela sentou-se na cama, em pranto, e custou a verificar o que se passava. Disse ela que algo se movimentava acima de sua cabeça e que ela sentia um frio sem saber o que era. Disse havê-lo sentido sobre o corpo todo, mas que ficara mais alarmada ao senti-lo sobre o rosto. Estava muito assustada. Isto passou-se entre meia-noite e uma hora. Ela levantou-se e foi para nossa cama, mas custou muito a adormecer. Só depois de muitos dias conseguimos que fosse dormir na sua cama. Tinha ela então oito anos». (Opus cit. pp. 484-485).
A família Weekman, como se esperava, não permaneceu muito tempo naquela casa sinistra. Em fins de 1847 deixou-a vaga, saindo de lá definitivamente.
Desse modo, atingimos a data de 11 de Dezembro de 1847, quando a referida casa passou a ser ocupada pela família Fox, conforme já mencionámos no início deste trabalho.
Inicialmente os Fox não sofreram nenhum incómodo na sua nova residência. Entretanto, algum tempo depois, mais precisamente nos dois primeiros meses de 1848, os mesmos ruídos insólitos que perturbaram os antigos inquilinos voltaram a manifestar-se outra vez.
Eram batidas leves, sons semelhantes a arranhões nas paredes, assoalho e móveis, os quais poderiam perfeitamente ser confundidos com rumores naturais produzidos por vento, estalos do madeira ou ratos. Por isso, a família Fox não deveria ter-se sentido molestada ou alarmada. Entretanto, tais ruídos cresceram de intensi-dade, a partir de meados de Março de 1848. Batidas mais nítidas, sons de arrastar de móveis começaram a fazer-se ouvir, pondo as meninas em sobressalto, a ponto de se negarem a dormir sozinhas no quarto, e passaram a querer dormir no quarto dos pais. A princípio, os habitantes ainda incrédulos quanto à possível origem sobrenatural dos ruídos, levantaram-se e procuravam localizar as causas naturais dos mesmos.
Na noite de 31 de Março de 1848, desencadeou-se uma série de sons muito fortes e continuados. Aí, então, deu-se o primeiro lance do fantástico episódio, que ficou como um marco inamovível na história da fenomenologia paranormal. A garota de 7 anos de idade - Kate Fox - na sua espontaneidade de criança teve a audácia de desafiar a «força invisível» a repetir, com os golpes, as palmas que ela batia com as mãos! A resposta foi imediata, e a cada estalo um golpe era ouvido logo a seguir! Ali estava a prova de que a causa dos sons seria uma inteligência incorpórea.
Para apreciar-se bem o sabor desta incrível aventura, vamos transcrever alguns trechos do depoimento de Margaret Fox: «Na noite de sexta-feira, 31 de Março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixámos perturbar pelos barulhos: íamos ter uma noite de repouso. O meu marido, que aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou na pesquisa. Naquela noite, fomos cedo para a cama - apenas escurecera. Achava-me tão alquebrada e com falta de repouso que quase me sentia doente. O meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu distinguia-o de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas, que dormiam noutra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos».
«Minha filha menor, Kate, disse, batendo as palmas: sr. Pé Rachado, faça o que eu faço. Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: Agora faça exactamente como eu. Conte um, dois, três, quatro, e bateu palmas. Então os ruídos produziram-se como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: Oh! Mãe! Eu já sei o que é. Amanhã é 1 de Abril e alguém quer fazer-nos uma brincadeira».
«Então pensei em fazer um teste que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exacta idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de os separar, até ao sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido».
«Então perguntei: É um ser humano que me responde tão correctamente? Não houve resposta. Perguntei: É um espírito? Se for dê duas batidas. Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse. Se foi um espírito assassinado dê duas batidas. Estas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: Foi assassinado nesta casa? A resposta foi como a precedente. A pessoa que o assassinou ainda vive? Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus despojos enterrados na adega; que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei: Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem? A resposta afirmativa foi alta».
Desse modo foram chamados vários vizinhos, os quais por sua vez convocaram outros, de maneira que, mais tarde e nos dias subsequentes, o número de curiosos era enorme. Naquela noite compareceram o sr. Redfield, o sr. e a sr.ª Duesler e os casais Hyde e Jewel.
«Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. De seguida indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por algum deles, mas não tive resposta. Após isso, mr. Duesler fez perguntas e obteve as respostas. Perguntou: Foi assassinado? Resposta afirmativa. O seu assassino pode ser levado ao tribunal? Nenhuma resposta. Pode ser punido pela lei? Nenhuma resposta. A seguir disse: Se o seu assassino não pode ser punido pela lei, dê sinais. As batidas foram ouvidas claramente. Pelo mesmo processo mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto de leste, há cinco anos, e que o assassínio fora cometido à meia-noite de uma terça-feira, por mr. ...; que fora morto com um golpe de faca de açougueiro na garganta; que o corpo tinha sido enterrado; tinha passado pela despensa, descido a escada e enterrado a 10 pés abaixo do solo. Também foi constatado que o móbil fora o dinheiro».
«Qual a quantia: 100 dólares? Nenhuma resposta. Duzentos? Trezentos? Etc. Quando mencionou 500 dólares, as batidas confirmaram».
«Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam a pescar no ribeirão. Estes ouviram as mesma perguntas e respostas. Alguns permaneceram em casa naquela noite. Eu e as meninas saímos. O meu marido ficou toda a noite com mr. Redfield. No sábado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o dia não se ouviram os sons, mas ao anoitecer recomeçaram. Diziam que mais de 300 pessoas estavam presentes. No domingo os ruídos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se achavam em casa».
Estes são os principais trechos do depoimento de Margaret Fox, que mais nos interessam para dar uma descrição viva dos acontecimentos de Hydesville, na noite de 31 de Março de 1848.

As escavações

Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega visando encontrar os despojos do suposto assassinado. Eis que, através de combinação alfabética com as pancadas produzidas, chegaram à identidade da vítima. Tratava-se de um vendedor chamado Charles B. Rosma, o qual tinha 31 anos quando, há 5 anos, fora assassinado naquela casa e enterrado na adega. O assassino fora um antigo inquilino. Só poderia ter sido o sr. Bell... Mas onde a prova de facto, o cadáver da vítima? A solução seria procurá-lo na adega, onde estaria enterrado.
As escavações, porém, não levaram a resultados definitivos, pois deram na água, sem que se tivessem encontrado quaisquer indícios. Foram, por isso, suspensas.
No Verão de 1848, o próprio David Fox, auxiliado por alguns interessados, retomou o empreendimento. A uma profundidade de 1,5 metros, encontraram uma tábua. Aprofundada a cova, encontraram-se carvão, cal, cabelos e alguns ossos, que foram reconhecidos por um médico como pertencentes a esqueleto humano; nada mais.
As provas do crime eram precárias e insuficientes, razão talvez pela qual o sr. Bell não foi denunciado.

Descoberta do esqueleto

No número de 23 de Novembro de 1904 do Boston Journal, foi noticiada a descoberta do esqueleto de um homem que se supunha ter ocasionado os fenómenos na casa da família Fox em 1848: «A descoberta foi feita por meninos de escola, que brincavam na adega da casa de Hydesville, conhecida como a casa assombrada, onde as irmãs de Fox tinham ouvido as batidas. William H. Hyde, respeitável cidadão de Clyde e dono daquela casa fez investigações e encontrou um esqueleto humano quase completo entre a terra e os escombros das paredes da adega, sem dúvida pertencentes àquele vendedor que, segundo se dizia, tinha sido assassinado no quarto de leste da casa e cujo corpo tinha sido enterrado na adega». (Doyle, A.C. - Opus cit. pp. 82-83).
Junto ao esqueleto foi encontrada uma lata, de uma espécie costumeiramente usada por vendedores. «Esta lata é agora conservada em Lilydale, a sede central regional dos espiritualistas americanos, para onde foi transportada a velha casa de Hydesville».
Portanto, 56 anos depois, em 22 de Novembro de 1904, data do encontro do esqueleto do vendedor, ficou plenamente confirmada a veracidade das comunicações obtidas em 1848, na casa assombrada habitada pela família Fox, em Hydesville.

O movimento espalha-se

As duas garotas, Margareth e Kate foram afastadas de sua casa, pois parecia que os fenómenos eram ligados sobretudo à sua presença. Margareth passou a morar com seu irmão David Fox. A Kate mudou-se para Rochester, onde ficou na casa de sua irmã Leah, então casada e agora sr.ª Fish.
Entretanto os ruídos insistiram em acompanhar as irmãs Fox, onde elas se achavam ocorriam os fenómenos. Parece que agora se observava uma espécie de contágio, pois Leah Fish, a irmã mais velha, começou a apresentar também os mesmos fenómenos.
Logo mais começaram a surgir em outras famílias: «Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e mostrando-se nas pessoas susceptíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Reverendo A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenómenos físicos irromperam na família do diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester. Pouco depois mrs. Sarah A. Tamlin e mrs. Benedict, de Auburn, desenvol-veram notável mediunidade. (...)» (Opus cit. p. 85).
O movimento espalhar-se-ia mais tarde pelo mundo, conforme fora afirmado numa das primeiras comunicações através das irmãs Fox. As próprias forças invisíveis insistiam para que se fizessem reuniões públicas onde elas pudessem manifestar-se ostensivamente. Era a nova mensagem que vinha do mundo dos espíritos conclamando os homens para uma outra posição filosófico-religiosa.
Posteriormente as irmãs Fox prestaram-se a exibições públicas. Uma delas, a Kate Fox, foi à Europa onde pôde ser estudada por sábios de renome como William Crookes, S. C. Hall, Crowell F. Varley, prof. Butlerof, Alexandre Aksakof e outros. A carreira das irmã Fox foi acidentada, tendo elas sofrido também muitas perseguições e difamações injustas.
Muito mais poderia ser dito acerca das consequências do episódio de Hydesville, mas estamos subordinados às justas limitações destas colunas.
A onda «espiritualista» passou da América para a Europa, onde o terreno já se encontrava preparado pelo desenvolvimento científico e onde os fenómenos poderiam ser estudados com rigor e profundidade pelos primeiros metapsiquistas ou pelos fundadores da chamada Psychical Research.
No próximo número iremos focalizar as mesas-girantes, que deram origem à codificação espírita através de Allan Kardec.

Hydesville


vilarejo situado próximo da cidade de Rochester, rio condado de Wayne, no Estado de Nova lorque, nos Estados Unidos, passou à História como o berço do Novo Espiritualismo, ou seja, o espiritismo dos povos de língua inglesa.Numa tosca cabana residia uma família protestante ,a família fox.

Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava e era ouvido quase que no mesmo lugar. Conquanto não muito alto, produzia um certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas. Era um movimento em trêmulo, mais que um abalo súbito. Podíamos perceber o abalo quando de pé no solo. Nessa noite continuou até que dormimos. Eu não dormi até quase meia-noite. Os rumores eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta que estava entre nós. Ouvimos passos na copa, e descendo a escada; não podíamos repousar, então conclui que a casa deveria estar assombrada por um Espírito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido falar desses casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gênero, que não levasse para o mesmo terreno.
Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos barulhos: íamos ter uma noite de repouso. Meu marido aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou a pesquisa. Naquela noite fomos cedo para a cama – apenas escurecera. Achava-me tão quebrada e sem repouso que quase me sentia doente. Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos.
Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: "Senhor Pé-Rachado, faça o que eu faço". Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: "Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro" e bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: "Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira".
Então pensei em fazer um teste de que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de os separar até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido.
Então perguntei: "É um ser humano que me responde tão corretamente?" Não houve resposta. Perguntei: "É um Espírito? Se for dê duas batidas." Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: "Se foi um Espírito assassinado dê duas batidas". Estas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: "Foi assassinado nesta casa?" A resposta foi como a precedente. "A pessoa que o assassinou ainda vive?" Resposta idêntica, por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus despojos enterrados na adega; que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei: "Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem?" A resposta afirmativa foi alta.
Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais próxima. É uma senhora muito delicada. As meninas estavam sentadas na cama, unidas uma à outra e tremendo de medo. Penso que estava tão calma como estou agora. Mrs. Redfield veio imediatamente, seriam cerca de sete e meia, pensando que faria rir às meninas. Mas quando as viu pálidas de terror e quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais sério do que esperava. Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes. Deram-lhe a idade exata. Então ela chamou o marido e as mesmas perguntas foram feitas e respondidas.

As Irmãs Fox

As Irmãs Fox foram três mulheres que, nos Estados Unidos da América tiveram um importante papel na gênese do Moderno Espiritualismo Ocidental. As irmãs eram Katherine "Kate" Fox , Leah Fox e Margaret "Maggie" Fox. As irmãs fizeram sucesso por muitos anos como médiuns que diziam possibilitar espíritos a se manifestarem por batidas (tiptologia). Em 1888 Margaret alegou que as batidas eram uma farsa e no ano seguinte se retratou de tal alegação, dizendo que na verdade eram manifestações mediúnicas mesmo. "Este quadro de confissão seguido de retratação tem fornecido argumentos para os espiritualistas e materialistas defenderem suas posições sobre o caso, de modo que a controvérsia nunca termina"

A família Fox  
Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox, de origem canadense, instalou-se em uma casa modesta na povoação de Hydesville, no estado de Nova Iorque, distante cerca de trinta quilômetros da cidade de Rochester.
O nome da família Fox origina-se do sobrenome "Voss", depois "Foss" e finalmente "Fox". Eram de origem alemã, por parte paterna; e francesa, holandesa e inglesa, por parte materna.
O grupo compunha-se do chefe da família, Sr. John D. Fox, da esposa Sra. Margareth Fox e de mais duas filhas: Kate, com 11 e Margareth, com 14 anos de idade. O casal possuía mais filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que morava em Rochester, onde lecionava música. Devido aos seus casamentos, foi sucessivamente conhecida como Sra. Fish, Sra. Brown e Sra. Underhill. Leah escreveria um livro, "The Missing Link" (New York, 1885), no qual faz referência às supostas faculdades paranormais de seus ancestrais.
Inicialmente, apenas Margareth e Kate tomaram parte nos acontecimentos. Posteriormente, Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos episódios subsequentes ao de Hydesville.
Acontecimentos 
Através de combinação alfabética com as pancadas produzidas, as irmãs Fox teriam obtido a identidade daquele que supostamente produzia os sons. Tratar-se-ia de um mascate de nome Charles B. Rosma, o qual tinha trinta e um anos quando, quatro anos antes, teria sido assassinado naquela casa e enterrado na adega. O assassino teria sido um antigo inquilino o que, pela data, levou a deduzir que o crime poderia ter sido cometido pelo Sr. Bell. Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega, visando encontrar os despojos do suposto assassinado.
As escavações não levaram a quaisquer resultados uma vez que não foram encontrados quaisquer indícios de restos mortais. Por essa razão foram suspensas.
Nesta altura já havia surgido ao menos um depoimento de quem se lembrava da passagem pela região de um certo mascate na mesma data em que o suposto espírito indicou como sendo o do seu assassinato. Esse depoimento, com riqueza de detalhes, descrevia o comportamento muito suspeito dos antigos proprietários da residência em Hydesville, o Sr. Bell e a esposa que, sozinhos, teriam recebido o mascate, tendo até dispensado os empregados da casa naqueles dias.
No Verão de 1848, David Fox, irmão mais velho da família, fez mais escavações. A uma profundidade de um metro e meio, encontraram uma tábua. Aprofundada a cova, encontraram restos decarvão, cal, cabelos e alguns fragmentos de ossos que, de acordo com Doyle, foram reconhecidos por um médico como pertencentes a um esqueleto humano; mais nada. Evidências comprovadas na época em que estes achados demonstram pelo aspecto e textura dos materiais analisados a sua autenticidade por alguns cientistas deste período como Willian Crooks, Lombroso, Alexander Aksakof e o inglês Wallace.